23/12/2011

FORMATURA DAS 8ªs -2011

A FORMATURA DAS 8ªs FOI SHOW!!! LOGO ESTAREMOS POSTANDO VIDEO COM TODAS AS FOTOS DO EVENTO QUE ENCANTOU TODA A COMUNIDADE ESCOLAR.

04/12/2011

Passeio Educacional CECLIMAR/UFRGS- 29/11/2011

Passeio Educacional CECLIMAR/UFRGS- 29/11/2011

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Aniversário da Escola e 1º Encontro das Bibliotecárias ( 1 ano da nossa Biblioteca - Jussara Véras Bitencourt )

 É SÓ CLICAR NA FOTO PARA ABRIR O ÁLBUM !!!

1º Ano da Biblioteca Jussara Véras Bitencourt

Olá pessoal...cliclem no link abaixo e apreciem as fotos !

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11/09/2011

COMEMORAÇÃO DO DIA DOS PAIS

Olá pessoal...pensaram que esquecemos dos nossos pais heim.....mas não, estão aqui as fotos do dia 13 de agosto para serem conferidas. Muitos pais se emocionaram com as apresentações de seus filhos.



04/08/2011

NOSSOS ALUNOS NO TEATRO SÃO PEDRO

S U C E S S O ...
             Os alunos da Prof. Lúcia do Coral de Flautas de nossa escola, estiveram no mês de Julho no Teatro     São      Pedro para assistir  '"THOLL"" e ficaram fascinados  com  tanta beleza e encantamento.
        Ahhhhh...mas não é só isso, o Coral de Flauta fez várias apresentações  em frente ao Teatro , chamando atenção de todos que por ali passavam. Inclusive saiu um artigo no JORNAL O SUL DO DIA 14 de Julho elogiando o Coral  e    foi relatado pelo jornalista que logo quem deverá estar nos palcos do Teatro São Pedro, serão eles " Os alunos do Coral da Prof. Lúcia".... Parabéns pessoal!!



MH/AI/IDALINA

13/07/2011

Danças,Jogos e Brincadeiras das Etnias.


Hino da Escola Idalina de Freitas Lima

Hino da escola Idalina

Como escola de Alvorada
A Idalina segue em frente.
Sua meta de ensinar
Vem formando muita gente.

Ensinando valor e esperança
Visando a paz e a criança.
Sejam nossos alunos
O orgulho de Alvorada.

Mas não basta ser só escola
Pra vencer o desafio,
Comunidade estando unida
A Idalina sempre tem vida.

Criado em 1996 por: Angelita Brazil, Edina Wollenhaupt, Maria Eloíza Castilhos e Mirian Müller da Silva.

08/07/2011

TURMA 82 DO TURNO DA TARDE CONTINUA BOMBANDO ...

         PESSOAL ! A TURMA DA OITAVA SÉRIE DA NOSSA ESCOLA DO TURNO DA TARDE, CRIOU UM W I K I E ESTÁ SUPER LEGAL. 
         VOCÊ PODE ENTRAR, NAVEGAR PELO SIDEBAR E VISLUMBRAR OS TRABALHOS REALIZADOS POR ELES.
         O TRABALHO TEM COMO TÍTULO: " PONTOS TURÍSTICOS DO RIO GRANDE DO SUL " E CLICANDO EM CADA CIDADE VOCÊ PODERÁ ASSISTIR OS POWERPOINTS FEITOS PELOS ALUNOS E MUITO MAIS.
           ESSE PROJETO FOI CRIADO PELA PROFª ROZANA (INGLÊS) E A PROFª MARIA HELENA (AI).
              AGORA É SÓ CLICAR NO LINK:    http://idalinaturma82.pbworks.com/           

15/06/2011

08/05/2011

DIA DAS MÃES

O DIA DAS MÃES em nossa escola foi comemorado neste sábado 07 de maio e teve  várias apresentações dos alunos, chá para as mães e comunidade,  show do nosso coral de flautas regido pela profa. Lúcia e todas as apresentações foram  recebidas com muita emoção por parte das mães e comunidade.

03/05/2011

ESSA É A TURMA 82 DO TURNO DA TARDE !!!!!


É nós na fita !!!

Olá pessoal !!! Graças a professora de inglês  ROZANA MOURA , a turma 82 do turno da tarde está bombando mesmo!
Essa foto no ambiente Informatizado da nossa escola comprova que eles estão sempre no ambiente, pesquisando, trabalhando e usufruindo dessa ferramentaa maravilhosa que é o computador. Parabéns turma, continue com este propósito.....
                                                                                                          Mª Helena/AI

25/04/2011

DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA

OLÁ PESSOAL !
No dia da família na escola nossa comunidade foi prestigiada com várias oficinas oferecidas como: TEAR, YOGA, ESTENCIL, RECICLAGEM E OUTRAS...confiram no
nosso slide !


 

13/04/2011

História da escola Idalina...

Em meio a papéis da biblioteca, hoje inaugurada como Biblioteca Jussara Veras Bitencourt, estava um documento amarelado  com o nome da escola em letras garrafais.
Neste constava a história de Idalina, além disso trazia uma explicação sobre mudança de Grupo Escolar para Unidade Escolar. Na capa vinha o seguinte dizer:
" O esquema anexo faz parte efetiva do histórico  escolar, pois foi escrita pela nossa querida professora Idalina de Freitas Lima e me foi entregue pela sua adorada filha Idália de Freitas Lima
Suplico a todas as professoras e diretoras que por esta escola passarem , que cuidem com grande amor, tudo  que faz parte  da vida da nossa inesquecível patrona.
 Alvorada, 1º de outubro  de 1974 Maria laura Salath  - responsável ". 
 E através do documento havia relato escrito sobre quem foi Idalina de Freitas Lima

Editor de imagem na 81

Realizado por Bruna malu em 13/04/11

Quem foi Idalina de Freitas Lima?


Texto retirado do documento enviado por Idália de Freitas Lima.. Escrito no ano de 1952. E acrescentado ao final do mesmo (1972) agradecimentos ao Grupo Escolar Idalina de Freitas Lima:

"Aos dezessete de janeiro de 1884, em Taquara, RS, nasceu Idalina de Campos Monteiro, filha do casal Albino Monteiro e Lydia Marfisa da Campos Monteiro.

Avô de Idalina em Taquara homenagem

Era neta pelo lado materno de José Joaquim de Campos Leão Quorpo Santo . teatrólogo, dramaturgo, estudado atualmente e muito discutido pela crítica literária. Pelo lado paterno seu avô foi Tristão José Monteiro, fundador de Taquara, cidade  do RS, colonizou e fez o progresso naquele município.Até hoje a rua principal de Taquara conserva seu nome.
Pequenina ainda, seus pais vieram residir em Porto Alegre. Apesar de os avós maternos terem possuído muitos bens materiais em Taquara, Dona Idalina foi sempre pobre, não tendo contado com nenhuma ajuda para sua formação, que não fosse o próprio esforço e amor da família.
Cedo ficou órfã de pai, a quem não chegou a conhecer. Mais tarde sua mãe contraiu novas núpcias e ela conheceu seu segundo pai - um verdadeiro pai. Tinha mais três irmãos; todos estão falecidos. Durante a meninice e a juventude, dona Idalina ajudava a mãe e uma irmã a costurare a bordar para poder frequentar a Escola Normal.
Sempre teve  propensão para o magistério. Foi aluna do saudoso mestre Emílio Meyer . No ano de 1901 tendo sido fechada a Escola Normal Idalina prestou concurso para o magistério e foi aprovada. Sua primeira nomeação foi para reger a 8ª Escola mista da Estância Grande , em Viamão, a 14 de outubro de 1901, nomeação assinada pelo presidente Borges de Medeiros.  Em janeiro de 1902 foi transferida a nomeação para a 4ª aula mista entre Passo do Feijó e Figueira. Aí trabalhou oito anos, sendo solteira ainda nos primeiros quatro anos.
A professora Idalina morava com a família , na capital, Rua Avaí; passava os fins de semana em casa e voltava aos domingos à tarde para o Passo do Feijó. Na época esta localização era de difícil acesso. A estrada era péssima e nossa professora viajava de carreta, muitas vezes quando havia chuva era prejudicada ainda mais o caminho. Depois de tentar morar com uma irmã ou uma tia, algum tempo, resolveu aceitar o convite de uma família de destaque da localidade, a do senhor Artur Garcia. Dona Zizi Garcia, filha do casal Artur e Maria do carmo garcia, menina de oito anos de idade, foi a pessoa que teve além de mestra, uma grande amiga. Esta amizade estendeu-se por toda a vida, além de ser cultivada carinhosamente pela sua filha Idália.
Em 1905 Idalina com vinte e um anos de idade, contraiu núpcias com o advogado Henrique de Freitas Lima
de quem ficara noiva há alguns anos. O casal fixou residênciano Paso do Feijó, em Alvorada. Em 1909, Idalinatransferiu-se desta localidade, esteve afastada do magistério  por cinco anos, em virtude do nascimento das filhas e consequentes cuidados. Porém sofria muito por isso. Cinco anos mais tarde voltou a lecionar e agora, em São Francisco de Paula de Cima da Serra.
Em todo o lugar do interior do estado, como Montenegro e diversos municípios, desenvolveu as suas atividades sempre com aquele acentrado amor ao magistério.
Contou-nos um dia o esposo que, ao chegar ele com apostila de reenquadramento no magistério, dona Idalina, caiu-lhe nos braços e chorou de alegria.
Em Montenegro, em São Francisco de Paula e em Belém Novo ela teve a Aula Isolada (como se chamava no tempo ) repleta de alunos e atendia a todos os adiantamentos desde a alfabetização à últimasérie primária.  Em 1916veio de São Franciscode Paula para Belém Novo. Em 1919 consegyuiu transferência da 23ª escola de Belém Novo para a 24ª de Vila Nova. Dois anos depois veio para a aula de Cascatinha. Mais tarde o interesse: aumento de povoação, mais alunos consequentemente. Com a frequência  da classe a Aula Isolada passa, através de decreto do Governo Estadual, assim reuniu-se às aulas os bairros de Teresópolis e Partenon e foi o conjunto todo elevado à categoria de Grupo Escolar. Grupo Escolar da Glória. Eram em número de seis as professoras. O local escolhido foi o de um antigo casarão localizado no entroncamento das linhas  de bondes Glória e Teresópolis.
O local escolhido foi o de um antigo casarão localizado no entroncamento das linhas de bondes Glória e Teresópolis.
A professora Idalina trabalhou com diversas classes. Na época em que o curso elementar (primário) tinha até o 7º Ano, ela sempre teve a seu cargo e os alunos saíam de suas mãos com ótima base de Matemática , Cìências Naturais e língua Portuguesa.
Não eram só as matérias obrigatórias do curso que ela cuidava. Sua criatividade levou-a mais tarde , quando o Grupo Escolar da Glória, passou a Colégio Elementar Protásio Alves , ela organizou várias atividades como: Pelotão de Saúde e Grupo de escoteiros.
Entre meninos e menias eram ministradas aulas de enfermagem de urgência, pronto socorro a pequenas lesões, quedas nos recreios, etc. Os componentes tinham uniforme próprio e eram entusiastas no seu atraente trabalho extra curricular. Nos desfiles de grupo, o Pelotão da Saúde ia na frente, todos de branco com a maletinha para o serviço. A professora Idalina de Freitas Lima dirigiu o grupo por duas vezes, pelo impedimento da titular em seguida a professora Stella Dantas de Gusmão. Numa dessas ocasiões, pediu  às secretárias de Instrução de Saúde, que fosse designado médico e estudantes de medicina para o atendimento das crianças, que frequentavam o Grupo e que pertenciam aos três bairros. Criou-se um gabinete médico e um dentário, em que se salientou a doutoranda Estela Budianski , saudosa pediatra,formada em Porto Alegre com vários cursos de especialização no exterior. Pouco antes de morrer estava a serviço  da O.N.U. na Tailândia.
Dona Idalina nunca estacionou. Foi convidada pela direção do Mena Barreto Costa, para secretária da escola. nesta época se chamava Grupo Escolar Venezuela. Na direção de dona Ida Silveira ocupou o cargo. Neste cargo Idalina incentivoua frequência dos alunos e a pontualidade. Ela registrava a nanquim, um caprichoso gráfico , postado na entrada da escola, sobre a frequência dos alunos no dia, no estabelecimento.
Com trinta e sete anos de magistério, Idalina teve um mês de licença para tratar da saúdede um dos seus filhos que faleceu em1928 e licença de cinco dias, por ocasião da morte repentinado filho mais velho em 1937.
O casal Freitas Lima tiverram oito filhos, netos e bisnetos, por quem foi muito amada e amou.
Aposentou-se em 1942.
Seu trabalho teve sempre o dinamismo, Todas as suas aulas eram planificadas em casa. Do sistema de testes  de verificação de aprendizado, na época, o que havia de mais inovador, no qual foi uma das pioneiras.
Ao aposentar-se, por motivo de doença de sua genitora, nunca deixou de ler., nos últimos anos de sua vida estudava latim e auxiliava sua filha mais velha nos estudos, pois seguiu os passos da mçae sendo professora em línguas neo latinas.

Dona idalina fazia palestras aos doentes hospitalizados, levando palavras de conforto, entusismo e acenos de amor. Viajou a Goiás, São Paulo, e outros sempre deixando amigos em todos os lugares em que passou.
Hoje (data de 1974), seus três filhos: Hyrtaco de Freitas Lima, Idalina de Freitas Lima Campos e Idália de Freitas Lima, ainda colhem, na vida atribulada da época, a alegria de saberem da existência - o Grupo Escolar Idalina de Freitas Lima - uma semente que sua mçae ajudou a plantar, regou com amor de jovem mestra, que durou dezoito anos".



31/03/2011

Velha Idalina Nova - do livro Raízes de Alvorada

A escola que conhecemos hoje situada na rua Taimbé foi criada em 21 de novembro de 1962, pelo decreto municipal 338. Em 12 de novembro de 1975 foi transformada de Grupo Escolar para Unidade de Ensino, pelo decreto 110/75.
 
Este texto foi retirado do livro que conta as origens com memórias, histórias e pertencimentos do povo de Alvorada - Raízes de Alvorada . em que o autor é José Carlos Carvalho - Poeta. Alvorada. RS

O site de Alvorada nos traz informações sobre o lançamento do livro .
" Velha Idalina Nova, saudades de uma  História, retrata um tempo em que uma humilde escolinha de madeira, de simples estrutura , fez tantas pessoas felizes, criando grandes nomes e gerando grandes artistas.
Trata-se de uma erma e um tempo que não voltam mais, hoje este poeta que vos escreve orgulha-se de ter sido aluno da escola Idalina de Freitas Lima, situada na rua Taimbé; em local diferente, porém, na mesma rua.
Um abraço do poeta "Carlinhos J.C." e boa leitura.

Dia 13/12/1961, nascia na vila Passo do Feijó (hoje Alvorada) distrito de Viamão, João Carlos Carvalho "poeta Carlinhos J.C." filho caçula deuma família de cinco irmãos , "josé Maria Judith, Marisa, Jorje Eli, e este que vos escreve". Filhos de João Carvalho e de Ilza Hina Leda Carvalho (naturais de Cachoeira do Sul e Santa Maria)
Março de 1969 , uma tarde ensolarada, lá ia minha irmã Judithe minha sempre e querida amiga Vânia Regina Mendes, ambas levando-me pelas mãos entregavam-me a minha primeira professora, que me ensinou o beabá da vida. Seu nome era Maria Aparecida:  preta, magra, 23 anos mais ou menos e muito carinhosa.  Entao ela abraçou-me e deu-me um beijo e colocou na sala de aula para que ali eu pudesse ter o meu primeiro encontro com a escrita.
A escola situava-se no terreno de uma igreja, até no inicio da rua Taimbé, esquina com a rua Inhá Porá ( hoje Itararé).
O uniforme era um guarda- pó, branco (tecido volta ao mundo), com uma tira nas costas, tipo guarda-pó de enfermeiro. Eram escolhidos através de votos, líder, vice-lider e 3º líder da sala de aula.
As aulas eram da 1ª a 4ª série, divididas em tres turnos, das 8h às 11h, das 11h às 14h e das 14h às 17h. Havia apenas três salas de aula que comportavam de 28 a 32 alunos, em suas classes simples e humildes. O amor porém reinava em cada coração.
 Havia na entrada do portão, pela rua Taimbé, a área da escola, sendo que à esquerda da primeira sala ficava a pequena biblioteca e a pequena cozinha da escola, onde ali eram preparadas as deliciosas merendas. Os horários de merendar eram das 9h15min às 9h30min, 12h15min às 12h30min e das 15h15min às 15h30min. Serviam as merendas dentro da sala de aula, em canecas plásticas, sempre variando. Serviam aveia, chocolate com bolacha, arroz doce, sopa e outras delicias inesquecíveis.
O nome da merendeira era Dorilda, morena clara, por volta dos 50 anos de idade. Tinha um dente de ouro à esquerda superior da boca.
Com muito carinho, lembro-me do nosso entao prefeito Elizardo Dutra Neto. Ao menos, uma ou duas vezes por mês, ele vinha até a escola para ver como estavam os alunos. Ele sua equipe nos traziam balas, cadernos, réguas, lápis, pirulitos, bolachas e, principalmente, muito carinho para cada aluno.
A educação física era praticada pela própria professora (nao haviam professores homens), às vezes realizada no fundo da escola, em frente à escola, ou em um campo baldio na esquina da escola. As brincadeiras eram varidas: pega-pega, esconde-esconde, pula corda, salto em altura, corrida de saco, Cooper, cabra cega e outras maravilhosas brincadeiras.
As Festas Juninas eram maravilhosas. Tinha a maior participação da comunidade que cooperava com muito amor. Tinha o casamento na roça....
Em 1968, Marisa, minha outra saudosa irmã foi escolhida a noiva. O noivo era baixinho, batia abaixo do seu pescoço. Era tudo simples, mas com muita alegria.
A comunidade ajudava na organização e em tudo. Havia arrasta-pé, quentao, pinhão, pipoca, nega maluca, pescaria, danças folclóricas e outras maravilhas.
Com bandeirinhas feitas de jornal, gibis, revistas e outros materiais, aquela velha escola era enfeitada. A fogueira era preparada e acesa em frente à escola, causando a maior alegria naquela pequena comunidade.
Em frente à sala 1 ficava o portão da escola, quase tão velho quanto a escola. Era um velho portão de ferro que ao abrir ou fechar fazia rec-rec. Havia lajes em volta da escola. Como não havia água encanada na cidade, era fornecida pela prefeitura até meados da decada de 1970.
Minhas professoras na vela escola foram: Maria Aparecida, Dóris (ex- diretora do Salgado Filho), Vânia, Claudete e Luci.
Lembro-me que na 2ª série, só pra estudar com a Dóris no ano seguinte, fiz de tudo para ser reprovado aquele ano, e consegui, pois nao queria perder o privilégio de ser seu aluno.
No ano seguinte, fiz a mesma coisa, porém nao deu certo o meu plano desta vez. Acabei mesmo indo para 3ª série. A Dóris era uma mãe para os seus alunos. Muitas vezes o carinho que eu não ganhava de meus familiares, eu ganhava da professora.
Aquela velha escola marrom e de madeiras velhas, muitas saudades traz a este poeta! Muitas saudades eu tenho do tempo que ali estudei, onde ali muitos conheceram e recebram o verdadeiro amor.
Lembro-me que certa vez a professora Dóris trouxe um gravados de pilhas. Levou-nos até o lado da escola defronte à cozina, e ali gravou nossas vozes. Ela ensinava músicas lindas aos nossos corações.
Naquela época, existia nas escolas alguns castigos: de joelhos no milho, tampinha de garrafa, atrás da porta, chapéu de burro. O castigo que nós meninos mais gostávamos, era de sentar ao lado de uma menina, já que na minha sala era menino com menino e menina com menina. Para a minha grande alegria, várias vezes recebi esse gostoso castigo.
Eu tinha o costume de puxar os cabelos das meninas, e dizia: "Bem feito. Bem feito!" Fazia isso principalmente com as que usavam rabinho de cavalo ou Maria Chiquinha.
Ainda na 2ª série, eu coloquei apelido em três colegas: a Vania eu apelidei de "Vania gafanhoto"; a Maria apelidei de "Maria fofoqueira" e "Maria polenta fria". Melquisadaque apelidei de "cabeça de palha". Mas o troco eu recebi. Ambos se reuniram e me apelidaram de Maria fofoca preta e eu chorava feito um bezerro desmamado. Quando paravam de me gozar eu recomeçava as gozações. Ah, logicamente com a participação dos demais colegas, alguns bem mais folgadões que eu.
Eram realizadas excursões para o Jardim Zoológico, alguns (inclusive eu) diziam Jardim "relógio". Era a alegria daquelas crianças quando o ônibus chegava para nos conduzir, e quando retornávamos do passeio.
Em 1970, alojaram-se alguns soldados do Exército no campo defronte à cozinha da escola, pois ali não havia rua. A Inhá Porá (hoje Itararé) vinha da rua São Borja e findava na Taimbé. Aqueles militares cortavam nossos cabelos, nos davam biscoitos, café com leite e, principalmente, muito carinho. Eram uns oito soldados. Acamparam-se ali durante uns quinze dias. Depois foram embora nos deixando muita saudade.
A professora Vânia nos fazia passar tudo a limpo. Às vezes eu fazia, às vezes minha irmã mais velha fazia para mim. A professora Mariana tambem era muito legal para os alunos.
Na época não descia ônibus aqui no bairro. O negócio era amassar barro quando chovia. As nossas ruas, inclusive a Getúlio Vargas, era chão batido. Nao havia outro jeito, se não caminhar um quilômetro para tomar o ônibus.
Então eu gostava muito de levar as professoras até a faixa.
Eu era magricela, virado só em ossos e orelhas.
Repeti a 3ª série e estudei entao com a professora Claudete. Para minha alegria, estudou comigo a Elaine, hoje(foi) diretora da escola Idalina de Freitas. Como  aluna foi bem aplicada, quieta e interessada. Ao contrário do que fui.
E finalmente, na 4ª série, a professora Luci, a exemplo das demais, era um amor de pessoa, ainda mais aturando alunos chatos que nem eu, mas sempre dando o mesmo amor a todos..
A área da velha escola dava acesso às salas 1 e 2, a sala 3, cuja entrada era pelo lado direito da escola, defronte às duas patentes. Não havia banheiro naquela época.
As salas 2 e 3 podiam ser abertas para poder se realizar os bailes, fazer apresentações de palhaços e mágicos ou também filmes. O primeiro palhaço ali a se apresentar foi o tambem mágico Bola-bola. E o primeiro filme foi "O menino da porteira", passado em uma pequena tela.
Por volta de 1974 veio a tão sonhada água encanada para Alvorada. E o primeiro banco de Alvorada, situava-se na Getulio Vargas com a Maringá, onde hoje é uma pizzaria( hoje estabelecimento de venda de carnes). O Banrisul funcionava das 9h às 11h e das 13h às 16h. Aguardávamos duas horas na fila enquanto os funcionários almoçavam.
A SOUL e a prefeitura situavam-se em prédios de madeira. Havia poucos telefones publicos em Alvorada que se emancipou no dia 17 de setembro de 1965.
No inicio da década de 1980, começou a construção da nova escola. Em seguida a nossa velha Idalina começou a despedir-se de todos nós. A escola pouco a pouco ia chegando no seu derradeiro destino: o fim. Para a alegria de muitos, em um outro terreno, ali nascia uma nova e bela escola. Afinal era o progresso chegando aqui no bairro, mas também para muitos representava tristeza e lagrimas daqueles que um dia, assim como eu, tambem foram alunos daquela escola tão amada e tão querida que, com o seu amor e seu carinho nos recebeu com tao boas vindas.
Entao os sonhos de um poeta, tornaram-se tortuosos pesadelos pelo que teve de assistir. Com lagrimas nos olhos, eu e várias pessoas assistíamos calados, sem nada poder fazer para defender a nossa escola-mãe. Como egoístas fomos forçados a nada fazer, somente olhar, chorar e calar. Um grito de socorro ecoava do coração deste poeta ao ver cada material daquela velha escola sendo jogado no chão, sem ao menos se importarem com os olhos rasos e serenos d'agua daqueles que tanto a amavam. Com muita dor em meu peito eu chorava, mas tinha que suportar a chegada do progresso com a destruição da velha casa. Cada sala de aula continha duas enormes janelas, e na dos fundos (sala 3) aviam 3 janelas. A tudo assisti calado, e em soluços e lágrimas meus colegas e eu, relembrávamos daquela que nossos corpos e nossas vidas acolheu, mas sobre nossos olhos pereceu. Tudo o que nos restou foi assistir sua destruição, enquanto nada podiamos fazer para defender nossa Velha Idalina de Freitas.
Meu coração doía ao assistir cada tábua, cada prego, cada pau, cada telha, e cada uma de suas janelas que ao chão eram jogadas como se nenhum valor tivessem.
Assim a vida daquela escola ali chegou ao fim.
Uma nova escola nasceu, mas a velha escola desapareceu, mas vive até hoje e para todo o sempre, dentro do coraçao deste poeta, pois ela jamais será esquecida.

Minha velha escola querida
Eu jamais te esquecerei.
Por toda a mina vida,
No meu peito a carregarei.
Lembro-me que a mim escolhestes.
Fazendo de minhas tristezas uma festa.
Receba, minha saudosa escola,
Um abraço desde aluno e poeta.
Por mais longos que sejam os meus dias,
Em nenhum momento esquecerei de você.
Receba minha escola querida,
Um beijo do teu aluno e poeta, Carlinos J.C.







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