25/04/2011

DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA

OLÁ PESSOAL !
No dia da família na escola nossa comunidade foi prestigiada com várias oficinas oferecidas como: TEAR, YOGA, ESTENCIL, RECICLAGEM E OUTRAS...confiram no
nosso slide !


 

13/04/2011

História da escola Idalina...

Em meio a papéis da biblioteca, hoje inaugurada como Biblioteca Jussara Veras Bitencourt, estava um documento amarelado  com o nome da escola em letras garrafais.
Neste constava a história de Idalina, além disso trazia uma explicação sobre mudança de Grupo Escolar para Unidade Escolar. Na capa vinha o seguinte dizer:
" O esquema anexo faz parte efetiva do histórico  escolar, pois foi escrita pela nossa querida professora Idalina de Freitas Lima e me foi entregue pela sua adorada filha Idália de Freitas Lima
Suplico a todas as professoras e diretoras que por esta escola passarem , que cuidem com grande amor, tudo  que faz parte  da vida da nossa inesquecível patrona.
 Alvorada, 1º de outubro  de 1974 Maria laura Salath  - responsável ". 
 E através do documento havia relato escrito sobre quem foi Idalina de Freitas Lima

Editor de imagem na 81

Realizado por Bruna malu em 13/04/11

Quem foi Idalina de Freitas Lima?


Texto retirado do documento enviado por Idália de Freitas Lima.. Escrito no ano de 1952. E acrescentado ao final do mesmo (1972) agradecimentos ao Grupo Escolar Idalina de Freitas Lima:

"Aos dezessete de janeiro de 1884, em Taquara, RS, nasceu Idalina de Campos Monteiro, filha do casal Albino Monteiro e Lydia Marfisa da Campos Monteiro.

Avô de Idalina em Taquara homenagem

Era neta pelo lado materno de José Joaquim de Campos Leão Quorpo Santo . teatrólogo, dramaturgo, estudado atualmente e muito discutido pela crítica literária. Pelo lado paterno seu avô foi Tristão José Monteiro, fundador de Taquara, cidade  do RS, colonizou e fez o progresso naquele município.Até hoje a rua principal de Taquara conserva seu nome.
Pequenina ainda, seus pais vieram residir em Porto Alegre. Apesar de os avós maternos terem possuído muitos bens materiais em Taquara, Dona Idalina foi sempre pobre, não tendo contado com nenhuma ajuda para sua formação, que não fosse o próprio esforço e amor da família.
Cedo ficou órfã de pai, a quem não chegou a conhecer. Mais tarde sua mãe contraiu novas núpcias e ela conheceu seu segundo pai - um verdadeiro pai. Tinha mais três irmãos; todos estão falecidos. Durante a meninice e a juventude, dona Idalina ajudava a mãe e uma irmã a costurare a bordar para poder frequentar a Escola Normal.
Sempre teve  propensão para o magistério. Foi aluna do saudoso mestre Emílio Meyer . No ano de 1901 tendo sido fechada a Escola Normal Idalina prestou concurso para o magistério e foi aprovada. Sua primeira nomeação foi para reger a 8ª Escola mista da Estância Grande , em Viamão, a 14 de outubro de 1901, nomeação assinada pelo presidente Borges de Medeiros.  Em janeiro de 1902 foi transferida a nomeação para a 4ª aula mista entre Passo do Feijó e Figueira. Aí trabalhou oito anos, sendo solteira ainda nos primeiros quatro anos.
A professora Idalina morava com a família , na capital, Rua Avaí; passava os fins de semana em casa e voltava aos domingos à tarde para o Passo do Feijó. Na época esta localização era de difícil acesso. A estrada era péssima e nossa professora viajava de carreta, muitas vezes quando havia chuva era prejudicada ainda mais o caminho. Depois de tentar morar com uma irmã ou uma tia, algum tempo, resolveu aceitar o convite de uma família de destaque da localidade, a do senhor Artur Garcia. Dona Zizi Garcia, filha do casal Artur e Maria do carmo garcia, menina de oito anos de idade, foi a pessoa que teve além de mestra, uma grande amiga. Esta amizade estendeu-se por toda a vida, além de ser cultivada carinhosamente pela sua filha Idália.
Em 1905 Idalina com vinte e um anos de idade, contraiu núpcias com o advogado Henrique de Freitas Lima
de quem ficara noiva há alguns anos. O casal fixou residênciano Paso do Feijó, em Alvorada. Em 1909, Idalinatransferiu-se desta localidade, esteve afastada do magistério  por cinco anos, em virtude do nascimento das filhas e consequentes cuidados. Porém sofria muito por isso. Cinco anos mais tarde voltou a lecionar e agora, em São Francisco de Paula de Cima da Serra.
Em todo o lugar do interior do estado, como Montenegro e diversos municípios, desenvolveu as suas atividades sempre com aquele acentrado amor ao magistério.
Contou-nos um dia o esposo que, ao chegar ele com apostila de reenquadramento no magistério, dona Idalina, caiu-lhe nos braços e chorou de alegria.
Em Montenegro, em São Francisco de Paula e em Belém Novo ela teve a Aula Isolada (como se chamava no tempo ) repleta de alunos e atendia a todos os adiantamentos desde a alfabetização à últimasérie primária.  Em 1916veio de São Franciscode Paula para Belém Novo. Em 1919 consegyuiu transferência da 23ª escola de Belém Novo para a 24ª de Vila Nova. Dois anos depois veio para a aula de Cascatinha. Mais tarde o interesse: aumento de povoação, mais alunos consequentemente. Com a frequência  da classe a Aula Isolada passa, através de decreto do Governo Estadual, assim reuniu-se às aulas os bairros de Teresópolis e Partenon e foi o conjunto todo elevado à categoria de Grupo Escolar. Grupo Escolar da Glória. Eram em número de seis as professoras. O local escolhido foi o de um antigo casarão localizado no entroncamento das linhas  de bondes Glória e Teresópolis.
O local escolhido foi o de um antigo casarão localizado no entroncamento das linhas de bondes Glória e Teresópolis.
A professora Idalina trabalhou com diversas classes. Na época em que o curso elementar (primário) tinha até o 7º Ano, ela sempre teve a seu cargo e os alunos saíam de suas mãos com ótima base de Matemática , Cìências Naturais e língua Portuguesa.
Não eram só as matérias obrigatórias do curso que ela cuidava. Sua criatividade levou-a mais tarde , quando o Grupo Escolar da Glória, passou a Colégio Elementar Protásio Alves , ela organizou várias atividades como: Pelotão de Saúde e Grupo de escoteiros.
Entre meninos e menias eram ministradas aulas de enfermagem de urgência, pronto socorro a pequenas lesões, quedas nos recreios, etc. Os componentes tinham uniforme próprio e eram entusiastas no seu atraente trabalho extra curricular. Nos desfiles de grupo, o Pelotão da Saúde ia na frente, todos de branco com a maletinha para o serviço. A professora Idalina de Freitas Lima dirigiu o grupo por duas vezes, pelo impedimento da titular em seguida a professora Stella Dantas de Gusmão. Numa dessas ocasiões, pediu  às secretárias de Instrução de Saúde, que fosse designado médico e estudantes de medicina para o atendimento das crianças, que frequentavam o Grupo e que pertenciam aos três bairros. Criou-se um gabinete médico e um dentário, em que se salientou a doutoranda Estela Budianski , saudosa pediatra,formada em Porto Alegre com vários cursos de especialização no exterior. Pouco antes de morrer estava a serviço  da O.N.U. na Tailândia.
Dona Idalina nunca estacionou. Foi convidada pela direção do Mena Barreto Costa, para secretária da escola. nesta época se chamava Grupo Escolar Venezuela. Na direção de dona Ida Silveira ocupou o cargo. Neste cargo Idalina incentivoua frequência dos alunos e a pontualidade. Ela registrava a nanquim, um caprichoso gráfico , postado na entrada da escola, sobre a frequência dos alunos no dia, no estabelecimento.
Com trinta e sete anos de magistério, Idalina teve um mês de licença para tratar da saúdede um dos seus filhos que faleceu em1928 e licença de cinco dias, por ocasião da morte repentinado filho mais velho em 1937.
O casal Freitas Lima tiverram oito filhos, netos e bisnetos, por quem foi muito amada e amou.
Aposentou-se em 1942.
Seu trabalho teve sempre o dinamismo, Todas as suas aulas eram planificadas em casa. Do sistema de testes  de verificação de aprendizado, na época, o que havia de mais inovador, no qual foi uma das pioneiras.
Ao aposentar-se, por motivo de doença de sua genitora, nunca deixou de ler., nos últimos anos de sua vida estudava latim e auxiliava sua filha mais velha nos estudos, pois seguiu os passos da mçae sendo professora em línguas neo latinas.

Dona idalina fazia palestras aos doentes hospitalizados, levando palavras de conforto, entusismo e acenos de amor. Viajou a Goiás, São Paulo, e outros sempre deixando amigos em todos os lugares em que passou.
Hoje (data de 1974), seus três filhos: Hyrtaco de Freitas Lima, Idalina de Freitas Lima Campos e Idália de Freitas Lima, ainda colhem, na vida atribulada da época, a alegria de saberem da existência - o Grupo Escolar Idalina de Freitas Lima - uma semente que sua mçae ajudou a plantar, regou com amor de jovem mestra, que durou dezoito anos".